As armas da Primeira Guerra Mundial levaram a uma matança sem precedentes. As armas da Grande Guerra, criadas ou modificadas pelas forjas da Revolução Industrial, foram amplamente utilizadas para vencer o conflito mundial.
Sete, estilhaçar, queimar e sufocar... Todas eram válidas para matar o maior número possível. inimigos quanto possível em menos. Tempo, acreditando que a guerra terminaria rapidamente.
Metralhadoras, lança-chamas, gases venenosos, aviões e tantas outras armas foram incorporadas à guerra das potências imperialistas.
As pessoas provaram como todos os dias Somos ingênuos e adaptáveis quando se trata de encontrar novas maneiras de matar os outros. A lista a seguir mostra muitas das armas que causaram milhões de vítimas durante a Primeira Guerra Mundial:
1 rifle
2 metralhadoras
3 lança-chamas
4 artilharia
5 armas químicas
6 submarinos
7 tanques
8 aviões
Fonte: Armas da Primeira Guerra Mundial
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No cinema, um mago viaja por multiversos incontáveis. No streaming, filmes e séries voltam no tempo para reviver um tempo anterior. Na realidade (realidade?), a história parece se repetir continuamente. Como não podemos abrir um portal e atravessar o tempo, de repente, você se pergunta: é um déjà vu , ou isso está acontecendo?
Esse sentimento pode parecer uma sensação isolada, mas não é. Vejo depoimentos, imagens, pessoas, que realmente vislumbram um certo tempo, não muito distante, imaginam e sonham que, de algum modo, “as coisas poderiam voltar ao que era antes”.
É mais complexo que “O feitiço do tempo”, filme de 1993, no qual o personagem acorda sempre no mesmo dia. Talvez nossa condição contemporânea, especialmente dos últimos anos, nos empurre para uma nova sensação, um desejo, de retorno e repetição.
Filme “Feitiço do tempo”. Fonte: https://media.fstatic.com/
É uma especulação. As percepções e suas tentativas de explicação, surgem quando especulamos. Mas, busquemos um fundamento mais, digamos, concreto. O mito do eterno retorno, tão conhecido e interpretado nos mais variados campos, pode servir como esse fundamento.
Não caberia aqui, evidentemente, abordar as várias interpretações que esse mito teve, desde a filosofia de Nietzsche à psicanálise freudiana. Fiquemos com a interpretação da mitologia de Mircea Eliade , presentes, nos livros “O mito do eterno retorno” e “Mito e realidade”.
Mais especificamente, tomemos a sua interpretação do ato de regeneração do tempo das origens. As sociedades arcaicas, diz Eliade, necessitam regenerar-se periodicamente. Os rituais de regeneração sempre se ligam a um ato, momento, exemplar, arquetípico e, em geral, cosmogônico, como o surgimento do mundo.
A vida do homem arcaico está ligada às categorias essenciais, mitos primordiais, atos arquetípicos e não a eventos. (Deixa eu logo fazer essa observação, antes que eu seja apedrejado por uma antropologia: hoje, uma certa interpretação antropológica chama sociedades arcaicas de tradicionais e modernas de complexas; estou usando os termos literais de Eliade).
Fonte: submarino.com.br
Esse homem não carrega o peso do tempo, mesmo nele vivendo, exatamente porque sua concepção temporal se liga à ideia das origens.
Quando, no tempo, a realidade cai em desgraça, quando o homem se afasta de seus modelos, exemplos, anula-se o tempo e, então, para essa concepção arcaica, é possível ir, novamente, em busca das origens, em busca de uma renovação.
Isso se revela em mudanças cíclicas, como as fases lunares, ou em eventos mais cataclísmicos, como o apocalipse, nos quais a realidade se degenera em “pecado” para, em seguida, se regenerar.
A ideia do tempo da modernidade, um tempo linear irreversível, de rememorar os mais variados atos históricos que devem ser guardados, registrados, está distante da concepção de tempo cíclico atemporal das sociedades arcaicas.
Mas, então, o que explicaria essa sensação de eterno retorno contemporânea, presente na realidade e na ficção?
Estaríamos voltando à ideia de um necessário retorno às origens? Estaríamos buscando substituir um tempo decaído por um tempo exemplar, menos caótico, menos catastrófico, mais estável e compreensível?
Não tenho respostas definitivas, mas impressões. Em primeiro lugar, como sabemos e o próprio Mircea Eliade deixa claro, o mito não finda com a sociedade moderna, mas ele se modifica.
Os exemplos são vários, desde os rituais que atravessam a vida, os mitos da literatura, dos quadrinhos, do cinema e tantos outros.
A questão é que, na vida moderna, diferentemente da ficção, o mito tende a operar dentro do tempo irreversível, que não pode anular os momentos “profanos” que se afastam dos modelos.
”A persistência da memória”, 1931. Salvador Dalí. Fonte: https://pt.wikipedia.org/
O que significa, por exemplo, que dentro desse tempo, os momentos de guerras, catástrofes, pandemias, permanecem dentro do tempo da modernidade. Pode-se argumentar que aprendemos com eles, ou que eles são inevitáveis.
Mas, como vimos, para a concepção arcaica, a noção do tempo não se mede dessa forma, daí por exemplo, podermos afirmar que para essa ideia do homem arcaico o tempo é sempre presente. E, quando esse presente se apresenta distante dos seus modelos originários míticos de origem, pode-se recorrer aos mais variados rituais para refundá-lo, trazer um novo tempo.
Não exatamente o mesmo tempo anterior, mas o voltar a origem, ao modelo, ao arquétipo, de certo modo, regenera o tempo, dando-lhe outra configuração.
O estimado leitor já entendeu que, na nossa sociedade moderna, somos incapazes de realizar tal feito, justamente porque nosso tempo parte do princípio de linearidade, da ideia de continuidade. A palavra é progresso.
Se somos fundados na ideia de linearidade e progressão do tempo e, com isso, da história, carregamos o peso dos fatos ocorridos e não podemos anulá-los.
Daí, por exemplo, a ideia de subversão da dor, do sofrimento, passar pela concepção de mudança, subversão, revolução. Mas, mesmo essa ideia, é atravessada dentro de um tempo que evolui, que não volta a um tempo de origem, de arquétipo.
”Contos do loop”, série de streaming
O homem moderno talvez sinta isso como impossibilidade, o que, ao mesmo tempo, pode explicar seu sentimento de um desejo de retorno.
Olhamos para trás e desejamos que determinado tempo voltasse, olhamos para dois anos atrás e queríamos que os anos que se seguiram não tivessem acontecido. Exatamente porque o que se seguiu foi preenchido por desprazer, queda, catástrofe.
Nossa ideia moderna de progresso no tempo nos obriga a caminhar para frente, carregando nas costas, memória, o fardo da história.
Talvez a enorme quantidade das produções imagéticas que criam loops temporais, portais interdimensionais, viagens no tempo, do cinema, do streaming, reflita esse desejo, satisfazendo, assim, esteticamente, nossa necessidade de retorno.
Pode ser sintomático que desejemos, através das imagens espetaculares de outros mundos e realidades proporcionadas pela técnica contemporânea, vivenciar outras realidades, um desejo de retorno e, contraditoriamente, isso nos coloque em uma simulada tentativa de desafiar o tempo. Nosso eterno retorno é outro.
O homem arcaico, com sua concepção religiosa e mágica – e, ironicamente, exatamente por isso é chamado de arcaico – realizava tal façanha dentro do seu próprio tempo.
Como não podemos realizar tal feito, um mago, no cinema, realiza um ritual e abre um portal de onde várias réplicas de pessoas e mundos surgem e, então, escapamos, imageticamente, de nosso tempo. De repente, você se pergunta: é um déjà vu, ou isso está acontecendo? Loop!
Um Golpista, um ladrão, um boquirroto e um traíra, são os principais personagens do próximo filme de suspense que será gravado nos estúdios da Vera Cruz ou Santa Cruz ou Brajolândia. Ainda a ser decidido.
A produção financiada pela Bolsa da Viuva Alegre, contará, aínda, com a participação de grupos folklóricos de todas as regiôes culturais, totais, colegiais, meia e arquibancada.
O protagonista que atende pelo vulgo de Cavalo Paraguaio tem mostrado sua altíssima dedicação ao papel de Caudilho de feijão, Assim como o ladrão está impecável na caracterização de Barrabás Wood, numa fusao bizarra entre o personagem bíblico e o conhecido "heroi"das florestas inglesas do passado. O Boquirroto tem se esmerado no aperfeiçoamento de sua iniquidade inigualável, disparando diátribes, insultos, grosserias, provocações hilárias e poses de fanfarrão de kitchinete. O Traíra está perfeito no papel de "perdido no espaço", carregando o seu gravador de reuniões secretas ou reservadas, e uma conta paga, de pensão, para justificar o seu endereço, já que o tal domicílio está pendurado nas nuvens da distração das assessorias. Os demais figurantes seguem procurando seus figurinos nas araras ( cabides) do estúdio, tentando entender os scripts, as falas e as sugestões dos assistentes de direção.
A espectativa por uma grande produção está provocando um volume considerável de notas e notícias na mídia e nas redes sociais, movidas a papo furado e fofocas de banheiro de cortiço.
A recomendação é para manter os documentos em dia, onde o passaporte, os certificados de vacina, o CPF, a cédula de identidade e a CNH, devem estar bem protegidas, preferencialmente junto ao corpo, em envelope plastico, impermeável, sem esquecer aguns trocados em diversas moedas, ( sempre dentro da lei!) para a eventualidade de uma boa oferta para um passeio turistico.
O loco, meu.
Sinto falta do céu de passarada, Do verde escuro das matas, Dos rios perenes e suas corredeiras, Das quedas d'água ou cascatas, Do homem que cuidava da terra, Saudosos rios e saudosas matas.
Preservar o meio ambiente, Parece-me parte da evolução, Estará o homem regredindo? Seus atos geram muita confusão, Os biomas da terra vão sumindo, A natureza entrando em decomposição.
O homem precisa da natureza, Como a terra, a água e o ar, Das suas minúsculas criaturas, Que vivem para o solo fertilizar, Dos arbustos as grandes árvores, Sem esses a vida pode estagnar
Nesse azul de imensidão tamanha, Uma branca nuvem que passa, Formato de folha, um coelho, carneiro, Mais uma e mais outras vão passando, Cá embaixo estou eu a observar.
Menino deixe as nuvens passar, A mulher mãe, assim falava, Enquanto eu, com a mente navegava, Para mais e mais figuras encontrar,
Ninguém ouvia o meu falar, No silêncio, peraltice de criança, Guardo até hoje na lembrança, Mas não consigo explicar. O menino de tino fino, ainda existe em mim.
A vida é um livro de poesias, Poesia é tudo que você cala, Você pensa mais não fala, Você sonha mas não faz, Quisera eu ser capaz, De descrever um sorriso, De desvendar um olhar, Flutuar no paraíso, Queria ouvir o silêncio, Traduzir o significado, Daquilo que não foi dito, Naquele beijo roubado.
O choro mais intenso, É o sentimento mais profundo, É o dolorido sem dor, No fundo da nossa alma, A lágrima verte para dentro, Por isso do gosto amargo, Essa é a dor mais doída, Do plebeu ao fidalgo.
O habito de fumar encontrou abrigo na minha geração, como um dos seus modos de afirmação. Beber qualquer bebida alcoólica completava a muleta, aumentando o sentimento de poder, de estar próximo a ser ou até sentir-se adulto.
Hoje Sabemos o mal que o tabaco traz para a saúde, apesar da eventual sensação de prazer, que os fumantes dizem encontrar no cigarro ou mesmo em outros produtos de tabaco.
Parei com o cigarro faz um bom tempo.
Fiquei menos fedorento, mais disposto, com o olfato e paladar absurdamente melhorados e deixei de incomodar aos mais inteligentes, que não se deram ao risco do tabagismo ou desistiram antes de mim.
Quando um vizinho vai para a varanda tocar fogo na mecha, mesmo em andar mais afastado, percebo o sinistro odor. Pior é caminhar pela rua e sentir a pobreza tabagista consumindo as verdadeiras bombas paraguaias, cigarros contrabandeados, cujo fedor se propaga sem qualquer respeito. Sinto pena e nojo.
Começar a fumar é sempre precedido de uma atividade subliminar, enfiada em nossas mentes através dos outdoors, clipes, fotos nas revistas mais elegantes, anúncios finamente elaborados, mostrando gente bonita, elegante, bem sucedida, em lugares maravilhosos e bem decorados. Mulheres lindas, sufocantemente atraentes e varões corajosos, intrépidos, heróicos, fortes, poderosos, atléticos e suas baforadas sinistras.
Quando vamos ao cinema a marca que está pagando para aparecer, acho que chamam de merchandising, está em todos os cantos e momentos mais dramáticos, românticos ou bonitos do filme. O espectador desavisado, distraído com a narrativa, vai levando marteladas no subconsciente: Ser vencedor, ser bonito, ser heróico, inteligente, grande sedutor e conquistador passa, obrigatoriamente, por fumar cigarros, charutos e até, o prosaico cachimbo.
O álcool não fica atrás. Uma cena com dois executivos poderosos começa mostrando os copos curtos e cubos de gelo, que serão rapidamente cobertos por alguma bebida forte e, se os negócios forem bem,os cigarros ou charutos aparecem.
O mesmo acontece quando a história é com valentões, etc.
Num outro viés, vamos ter licores, vermutes, vinhos comuns ou espumantes, e, na melhor das hipóteses, a cerveja, hoje metida a besta, cara, exclusiva, cheia de ciência, especialistas, cronistas, e muito blá blá blá.
A turma que cria vontades ou dificuldades para vender produtos ou soluções é a mais diabólica, fascinante inteligente e propulsora de negócios bons ou maus.
Conforme a índole dos geniais inventores de desejos e expectativas, o bem e o mal, o inútil e o indispensável vão fazendo a economia rodar.
Aqui percebo similitude com os acontecimentos recentes da atividade política que se imaginou melhor, mais confiável e certeira em suas promessas e afirmativas.
O cheiro horrível do tabaco e do álcool que infesta corpos, mentes, roupas, cabelos e boca, permite analogia quando vemos cadáveres insepultos de um passado politico rejeitado, saindo de covas que não imaginávamos tão rasas.
Nomes contaminados por sinistra convivência com os dilapidadores da Bolsa da Viúva, com o que de mais repulsivo e enojante controlou a nossa ingênua e generosa Republica, aparecem serelepes e incensados, de banho tomado e cabelo penteado, no desenho daquilo que se imaginou impoluto.
Figuras horrendas ainda vivas no cenário nacional confraternizando entre si, preparando mais uma desfeita para nossa mais profunda e determinada fé na redenção do Pais.
Nossa confiança na reabilitação econômica, política, cívica, moral.
Os cinqüenta e sete milhões e algumas centenas de milhares de eleitores votaram na esperança da neutralização dos contumazes operadores de mamatas,não nos patifes que engambelaram boa parte do eleitorado e ainda se acham capazes de continuar atrapalhando a nossa vontade de progresso, precedido de muita ORDEM.
A nossa expectativa não é pelo cheiro de podre, contaminante e hediondo, semelhante ao do tabaco ou do mau hálito dos bebedores contumazes, que simbolicamente, sentimos quando vemos declinados os nomes dos que continuam posando de autoridade em ou sobre alguma coisa.
A nossa esperança está sob ataque.
Dize-me com quem andas e te direi que és.
Andar com patife, corrupto, ladrão, prevaricador,ou incompetente, deixa marcas indeléveis tal como uma tatuagem. Se apagar fica a cicatriz. Se deixar, revela o passado. Estamos esperando que desliguem a vitrola, as entrevistas, o blá blá blá e queremos de volta o que nos foi prometido, berrado, jurado.
Ou, o que for imoral e ilegal, vai continuar se alternando e engordando a malta dos privilegiados amigos e serventes dos patifes bons de pose e conversa.
Queremos a nossa esperança mantida viva, sem sustos, espantos ou aflições.
Ícaro, filho de Dédalo, tentou subir aos céus com asas feitas com penas de gaivotas e cera de abelha. Queria fugir do Labirinto onde estava preso, juntamente com seu pai.
A lenda de Ícaro e o sonho de voar alto, ganhar o espaço, vencer, também traz advertências e conselhos quanto a cuidados com o calor do Sol, evitando o derretimento da cera, alem do perigo de voar baixo, perto das águas do mar, encharcando as penas, aumentando o peso e provocando afogamento.
Uma lenda. Uma história fantástica.Ficção à moda antiga.
Observo a estante bem ali na minha frente, repleta de encadernações de projetos, pastas com documentos, pilhas de papéis rascunhados com ideias, aulas, diagramas, mapas. Vida colecionada em lembranças de um passado de trabalho, criação, e realizações.
Igualmente, testemunhos de enganos, sonhos não concluídos ou realizados, tempo perdido, enfim, uma papelada inerte, absolutamente inútil.
As gavetas da estante parecem cestas trançadas pelas mãos da autoconfiança, da coragem e da fé, cheias de penas de gaivotas virtuais, ainda sujas com os restos da cera, igualmente virtual, imaginada a partir dos livros, aqui favos do mel do conhecimento, colecionados na mesma estante, em outras prateleiras.
Cada encadernação, cada pasta, cada maço de papel grampeado rabiscado com alguma idéia, os mapas e roteiros para execução de tarefas, as notas e registros, enfim cada lembrança contida remete a um vôo. A maior parte bem sucedidos, mas nenhum pouso definitivo no topo do penhasco das ambições. Apenas visitas. O calor do Sol das vitória provocava a fusão da cera da humildade, da serenidade, do equilíbrio.
Os ventos do reconhecimento sempre atenuaram o planeio em voos, quase nunca suaves, rumo ao fundo do vale da existência.
A cada descida observei as escarpas riscadas por diversas trilhas tortuosas, abertas em direção ao cume, repletas de gente lutando para vencer as armadilhas da vida em busca dos sonhos.
No meio do paredão, atado por correntes flamejantes, reconheci o Titã Prometeu sofrendo seu eterno castigo, apenas por ter dado aos humanos o segredo do conhecimento. Ah, Prometeu, o rebelde…
Hoje as gaivotas passam voando aqui na frente da varanda do apartamento onde moro, sem correr nenhum risco de serem depenadas. O mel vem livre da cera e sempre está presente na primeira refeição, sinalizando a perenidade do sabor doce, não importa quem o está experimentando.
Os voos estão limitados ao espaço do viveiro: do poleiro para o bebedouro, do bebedouro para o poleiro ou para o pote de ração. As lembranças se alternam entre as delícias dos êxitos e as dores dos castigos.
Uma vez Icaro, outra vez Prometeu…
RA